sexta-feira, 7 de setembro de 2012

“Pensamento Sistêmico: uma epistemologia científica para uma ciência novo-paradigmática” Por: Maria José Esteves de Vasconcellos

Resumo do Texto 

No século XVI a ciência era vista como instrumento de validação das nossas deduções sobre o mundo, sendo separada definitiva da filosofia. O objeto de estudo e sujeito da ação era analisados em separando sem que relações entre ambos fossem criadas. As “ciências tradicionais” se distanciaram do pensamento filosófico e da compreensão do todo, passando a analisar apenas fatos, surgindo assim novos ramos científicos como as ciências psicológicas, humanas e sociais que se identificam mais com a filosofia. O biólogo chileno Humberto Maturana e o físico austríaco Heinz Von Foerster foram alguns dos pioneiros na tentativa de trazer o sujeito de volta ao pensamento científico racionalista. A “Biologia do Conhecer” é o marco referencial desse novo olhar. Surgem diversos trabalhos na mesma linha de pensamento como a Teoria da Autopoiese de Maturana, Teoria Geral dos Sistemas de Bertalaffy, Teoria Cibernética de Wiener e a Cibernética da Cibernética de Von Foerster, que contribuíram muito para solidificação dessa nova linha de pensamento. A concepção de Von Foerster de “sistema observante”, onde admite-se inexistência do observado sem levar em conta o observador, contribui para a quebra do paradigma e a ciência se renova com o pensamento sistêmico, levando em consideração agora o sujeito como parte do processo e a grande complexidade dos sistemas em que o sujeito e objeto de estudo estão inseridos. Viram a influencia de fatores externos ao processo na explicação de fatos e perceberam assim que a ciência pela ciência não é autossustentável.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Os ciclos biogeoquímicos representam a movimentação natural de elementos químicos no ecossistema entre os seres vivos (componentes bióticos) e o meio ambiente (componente abiótico).

Com a morte de um organismo, a matéria orgânica que compõe o mesmo é degradada por agentes decompositores e seus elementos químicos retornam ao ambiente, sendo reaproveitados por outro organismo vivente.

O fato de o planeta Terra ser um sistema dinâmico, respondendo ao pressuposto de Lavoisier (na natureza nada se perde tudo se transforma), o movimento e a estocagem da matéria afeta todos os processos físicos, químicos e biológicos, propiciando a ciclagem de macro e micro nutrientes.

Entre os principais ciclos destacam-se: o do átomo de carbono, do nitrogênio, do fósforo, do oxigênio, do hidrogênio e o da molécula de água.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola

domingo, 30 de março de 2008

FECUNDAÇÃO

Cerca de 14 dias depois do início do período menstrual ocorre a fecundação. Isso acontece quando uma célula espermática de um indivíduo do sexo masculino se une a um óvulo de um indivíduo do sexo feminino para formar uma única célula. Esta célula é chamada de zigoto até que comece a crescer através da divisão celular. Os óvulos e os espermatozóides são conhecidos como gametas, ou células sexuais. Uma menina recém-nascida tem cerca de 400 mil óvulos imaturos em seus ovários, cada um em sua própria pequena bolsa chamada de folículo ovariano. O óvulo, cerca de um quarto do tamanho do ponto final usado nesta frase, é a maior célula do corpo humano. Na mulher sexualmente madura, a ovulação ocorre aproximadamente a cada 28 dias; isto é, um folículo maduro em um de seus dois ovários se rompe e expele um óvulo. Este se encaminha para o útero através da trompa uterina onde normalmente ocorre a fecundação. O espermatozóide, na forma de um girino, que mede 1/1500 cm da cabeça à cauda, é uma das menores células do corpo e é muito mais ativo do que o óvulo. Os espermatozóides são produzidos nos testículos (ESPERMATOGÊNESE) do homem maduro a uma taxa de centenas de milhões por dia e são ejaculados em com sêmen durante o clímax sexual. Uma ejaculação transporta cerca de 500 milhões de células espermáticas; para que ocorra a fecundação, é preciso que pelo menos 20 milhões de células espermáticas penetrem o corpo da mulher de um só vez. Elas penetram a vagina e procuram nadar através da cérvice (abertura para o útero) para a trompa uterina. Apenas uma diminuta fração desses milhões de células espermáticas chega a este ponto. Mais do que uma pode penetrar um óvulo, porém apenas uma pode fecundar e criar um novo ser humano. Depois da fusão, o zigoto se divide rapidamente e avança em direção à cavidade uterina, em cuja camada interna, se implanta, caso esta se encontre preparada para recebê-lo. Na zona de implantação desenvolve-se mais tarde a placenta, órgão de estrutura muito complexa, por meio do qual o feto se nutrem respira e elimina secreções. Quando a gravidez se desenvolve fora do útero, sobrevém a gravidez ectópica (fora do local normal), cuja forma mais comum é a gravidez tubária, que ocorre num proporção de um para 250 ou 300 casos, e é mais comum na raça negra. Nesses casos, o zigoto não chega ao útero. Os espermatozóides mantêm sua capacidade para fecundar um óvulo durante 24 a 48 horas; os óvulos podem ser fecundados durante cerca de 24 horas. Assim, há cerca de 48 horas durante cada ciclo menstrual em que pode ocorrer a concepção (Patten, 1968). Se esta não ocorrer, as células espermáticas e o óvulo morrem. As células espermáticas são devoradas pelas células brancas do sangue no corpo da mulher e o óvulo passa pelo útero e sai pela vagina.
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Informações sobre o ciclo menstrual e a gravidez inicial

http://www.bragafilho.com.br/linhares/dosagens/bas/informacao.html

O ciclo menstrual tem a duração de 28 a 32 dias, terminando com a menstruação (as “regras”). O primeiro dia da menstruação é o primeiro dia do ciclo seguinte. Durante o ciclo ocorrem dois fatos importantes.


Primeiro: o ovário emite um óvulo, que é a contribuição da mulher para a fecundação. O óvulo é uma célula (na maioria das vezes única) lançada na trompa, um canal que liga o ovário ao útero. Este lançamento é feito no meio do ciclo, isto é, entre 14 e 16 dias a contar do primeiro dia da menstruação. Se a mulher tiver uma relação nesses dias, com um homem que não use preservativo (camisinha), pode ocorrer que na ejaculação, quando se eliminam milhares de espermatozóides no líquido ejaculado (o esperma), um deles suba na cavidade uterina (pois o útero é um órgão muscular ôco) e atinja o óvulo. O espermatozóide é o contribuinte masculino para a fecundação. Quando o espermatozóide se funde com o óvulo, este passa a chamar-se ovo, cujo desenvolvimento resulta no embrião, mais adiante então denominado feto, que vai crescer no interior do útero por nove meses, até o parto.


A duração da vida útil do óvulo e espermatozóide é de cerca de 48 horas (cada um). Assim, contando-se estas 96 horas (4 dias) e somando-se outros tantos dias como margem de segurança, temos que o chamado “período fértil” (quando pode ocorrer a fecundação) dura 8 dias no meio do ciclo, isto é entre o 11º e o 18º dias. Qualquer relação sexual nestes dias, sem proteção de camisinha, leva grande chance de resultar em gravidez.


O segundo fato importante é que o óvulo é produzido em um componente do ovário de forma vesicular, o folículo. Depois de lançar o óvulo, o folículo transforma-se em uma estrutura denominada corpo amarelo, assim chamada devido à grande impregnação de gordura. O corpo amarelo produz um hormônio (a progesterona) que promove modificação especial da camada de revestimento da cavidade uterina, preparando esta mucosa para o recebimento e sustento do ovo, caso tenha havido a fecundação. Assim, a cada mês, após a ovulação (portanto na segunda metade do ciclo), o útero prepara-se para receber um ovo. Quando isto não ocorre, o tecido preparado elimina-se com o sangue na menstruação. Se houve fecundação o corpo amarelo continua em atividade, para ser mais tarde (acima de 60 dias) substituído pela placenta, então já formada e que vai administrar a nutrição do feto em crescimento.

sábado, 15 de março de 2008

O sistema reprodutor feminino


É constituído por dois ovários, duas tubas uterinas, um útero, um canal vaginal e uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica.
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. O canal vaginal é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas (dobra da pele) intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem.
Ovários são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos e os óvulos. No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro dos folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (óvulo): fenômeno conhecido como ovulação. O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Útero órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.



O sistema reprodutor masculino é formado por:
· Testículos ou gônadas
· Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
· Pênis
· Escroto
· Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.
Testículos são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares.
Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.
Epidídimos são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides Próstata glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto. Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.