sexta-feira, 7 de setembro de 2012

“Pensamento Sistêmico: uma epistemologia científica para uma ciência novo-paradigmática” Por: Maria José Esteves de Vasconcellos

Resumo do Texto 

No século XVI a ciência era vista como instrumento de validação das nossas deduções sobre o mundo, sendo separada definitiva da filosofia. O objeto de estudo e sujeito da ação era analisados em separando sem que relações entre ambos fossem criadas. As “ciências tradicionais” se distanciaram do pensamento filosófico e da compreensão do todo, passando a analisar apenas fatos, surgindo assim novos ramos científicos como as ciências psicológicas, humanas e sociais que se identificam mais com a filosofia. O biólogo chileno Humberto Maturana e o físico austríaco Heinz Von Foerster foram alguns dos pioneiros na tentativa de trazer o sujeito de volta ao pensamento científico racionalista. A “Biologia do Conhecer” é o marco referencial desse novo olhar. Surgem diversos trabalhos na mesma linha de pensamento como a Teoria da Autopoiese de Maturana, Teoria Geral dos Sistemas de Bertalaffy, Teoria Cibernética de Wiener e a Cibernética da Cibernética de Von Foerster, que contribuíram muito para solidificação dessa nova linha de pensamento. A concepção de Von Foerster de “sistema observante”, onde admite-se inexistência do observado sem levar em conta o observador, contribui para a quebra do paradigma e a ciência se renova com o pensamento sistêmico, levando em consideração agora o sujeito como parte do processo e a grande complexidade dos sistemas em que o sujeito e objeto de estudo estão inseridos. Viram a influencia de fatores externos ao processo na explicação de fatos e perceberam assim que a ciência pela ciência não é autossustentável.