Resumo do Texto
No
século XVI a ciência era vista como instrumento de validação das nossas
deduções sobre o mundo, sendo separada definitiva da filosofia. O objeto de
estudo e sujeito da ação era analisados em separando sem que relações entre
ambos fossem criadas. As “ciências tradicionais” se distanciaram do pensamento
filosófico e da compreensão do todo, passando a analisar apenas fatos, surgindo
assim novos ramos científicos como as ciências psicológicas, humanas e sociais
que se identificam mais com a filosofia. O biólogo chileno Humberto Maturana e
o físico austríaco Heinz Von Foerster foram alguns dos pioneiros na tentativa
de trazer o sujeito de volta ao pensamento científico racionalista. A “Biologia
do Conhecer” é o marco referencial desse novo olhar. Surgem diversos trabalhos
na mesma linha de pensamento como a Teoria da Autopoiese de Maturana, Teoria
Geral dos Sistemas de Bertalaffy, Teoria Cibernética de Wiener e a Cibernética
da Cibernética de Von Foerster, que contribuíram muito para solidificação dessa
nova linha de pensamento. A concepção de Von Foerster de “sistema observante”,
onde admite-se inexistência do observado sem levar em conta o observador, contribui
para a quebra do paradigma e a ciência se renova com o pensamento sistêmico,
levando em consideração agora o sujeito como parte do processo e a grande
complexidade dos sistemas em que o sujeito e objeto de estudo estão inseridos.
Viram a influencia de fatores externos ao processo na explicação de fatos e
perceberam assim que a ciência pela ciência não é autossustentável.